Aqui se fala Português

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Descrição

Descrição

Características: situam seres e objetos no espaço.

Estrutura

Introdução: focalizar o ser ou o objeto e distinguir seus aspectos gerais

Desenvolvimento: é captar os elementos em ordem coerente com a disposição em que eles se encontram no espaço.

Conclusão: não há um procedimento especifico para conclusão. Considera-se concluído um texto quando se completa a caracterização.

Recurso

Uso dos cinco sentidos: audição, gustação, olfato, tato e visão que, combinados, produzem a sinestesia. Adjetivação farta, verbos de estado, linguagem metafórica, comparações e prosopopéias.
O que se pode
Sensibilidade para combinar e transmitir sensações físicas (cores, formas, sons, gestos, odores) e psicológicas (impressões subjetivas, comportamentos).

Exemplos:

Descrição de Pessoa
O grande homem da fé cristã
Considerado símbolo de fé, amor e perseverança, Jesus Cristo pode ser tomado como um dos maiores revolucionários que o mundo já conheceu. Ele provou a uma sociedade hipócrita e primitiva que um homem não se faz de suas matérias, mas do seu valor moral.
Em sua tênue expressão facial Jesus sempre tinha um belo sorrido resplandecente. Seu carisma e simplicidade atraíram para si diversos seguidores, bem como inimigos. Ele propôs uma nova filosofia de vida, baseada no amor ao próximo, o que constratou com as leis do povo judeu, as quais se baseavam no ódio aos inimigos.
A sua crescente popularidade foi notável, principalmente entre as camadas mais pobres daquela sociedade, que o viam como um messias e adotaram suas palavras como religião. Nascia aí o Cristianismo, que em princípio fora duramente reprimido pelo governo romano, o qual dominava, naquela época, a Palestina. Indo de encontro aos interesses de Roma, e atraindo para si cada vez mais seguidores, mesmo fora daquela região, Jesus Cristo findou sua vida por meio da mais extrema penalidade que poderia ser aplicada a um réu: a crucificação.
Adjetivar Jesus Cristo grandiosamente tornar-se-ia uma forte digressão, todavia deve-se por no devido relevo o grande legado deixado por ele pra as religiões cristãs. Por seus constantes exemplos de amor ao próximo, de humildade e simplicidade, Cristo pode ser tido como modelo de perfeição mortal entre os homens.

Diógenes D´Arce Cardoso Luna

Descrição de Objeto
Clarinete
Um elemento clássico e imprescindível num concerto, o clarinete, com seu timbre aveludado, é o instrumento de sopro de maior extensão sonora, pelo que ocupa na banda de música o lugar do violino na orquestra.
O clarinete que possuo foi obtido após o meu nascimento, doado como presente de aniversário por meu bisavô, um velho músico, do qual carrego o nome sem tê-lo conhecido. O clarinete é feito de madeira, possui um tubo predominantemente cilíndrico formado por cinco partes dependentes entre si, em cujo encaixe prevalece a cortiça, além das chaves e anéis de junção das partes, de meta. Sua embocadura é de marfim com dois parafusos de regulagem, os quais fixam a palheta bucal.
Sua cor é confundivelmente marrom, havendo partes onde se encontra urna sensível passagem entre o castanho-claro e o escuro. Possuindo cerca de oitenta centímetros e pesando aproximadamente quatrocentos gramas, é facilmente desmontável, o que lhe confere a propriedade de caber numa caixinha de quarenta e cinco centímetros de comprimento e dez de largura.
Com pouco mais de um século, este clarinete permanece calado, latente, sem produzir sons nem músicas, pois, não herdei o dom de meu bisavô e nunca me interessei por este tipo de instrumento, mas, quem sabe se daqui a alguns anos não aparecerá um novo João Rodolfo, que herde ao mesmo tempo, de seus bisavôs e tataravô, respectivamente, o instrumento e o dom.

João Rodolfo Cavalcanti A. de Araújo

Dissertação


Dissertação


Dissertação é um trabalho acadêmico baseado em estudo teórico de natureza reflexiva, que consiste na ordenação de idéias sobre um determinado tema. A característica básica da dissertação é o cunho reflexivo-teórico. Dissertar é debater, discutir, questionar, expressar ponto de vista, qualquer que seja. É desenvolver um raciocínio, desenvolver argumentos que fundamentem posições. É polemizar, inclusive, com opiniões e com argumentos contrários aos nossos. É estabelecer relações de causa e conseqüência, é dar exemplos, é tirar conclusões, é apresentar um texto com organização lógica das idéias. Basicamente um texto em que o autor mostra as suas idéias

Partes que compõem a dissertação

  • Introdução - deve ser breve e anunciar ao leitor o que será desenvolvido no texto, acompanhado da opinião.
  • Desenvolvimento - é o corpo do texto; aqui serão utilizadas as ideias propostas na introdução, defendendo o ponto-de-vista através de argumentos.
  • Conclusão - serve para finalizar o que foi exposto; deve ser breve e não pode conter nenhuma idéia nova e nenhum exemplo; trata-se de um resumo da dissertação como um todo. Ela pode ser feita de duas maneiras:
    • Síntese - resumo do que foi dito durante o texto.
    • Sugestão - proposta para que o problema discutido seja solucionado.




Dicas para escrever uma boa dissertação

  1. Só abordar na introdução e na conclusão o que realmente estiver no desenvolvimento;
  2. Evitar períodos muitos longos ou seqüências de frases muito curtas;
  3. Evitar, nas dissertações tradicionais, dirigir-se ao leitor;
  4. Evitar as repetições exageradas e umas próximas das outras, tanto de palavras, quanto de informações;
  5. Manter-se rigorosamente dentro do tema;
  6. Evitar expressões desgastadas, "batidas";
  7. Utilizar exemplos e citações relevantes;
  8. Não usar religião como argumento;
  9. Fugir das palavras muito "fortes";
  10. Evitar gírias e termos coloquiais;
  11. Evitar linguagem rebuscada;
  12. Evitar a argumentação generalizadora e baseada no senso comum;
  13. Não ser radical;
  14. Ter cuidado com palavras duvidosas como coisa e algo, por terem sentido vago; prefirir elemento, fator, tópico, índice, ítem, etc.
  15. Após o titulo de uma redação não colocar ponto;
  16. Não usar chavões, provérbios, ditos populares ou frases feitas;
  17. Não usar questionamentos no texto, sobretudo na conclusão;
  18. Jamais usar a primeira pessoa do singular ou plural, a menos que haja uma solicitação do tema;
  19. Repetir muitas vezes as mesmas palavras empobrece o texto; lançar mão de sinônimos e expressões que representem a idéia em questão;
  20. Somente citar exemplos de domínio público, sem narrar seu desenrolar, fazendo somente uma breve menção;
  21. Ser direto e objetivo;
  22. Nunca usar palavrões;
  23. Não usar itens pessoais na sua dissertação.
  24. No titulo todas as palavras devem começar com letra maiúscula.




Exemplos de dissertação

  • "A fim de aprender a finalidade e o sentido da vida, é preciso amar a vida por ela mesma, inteiramente; mergulhar, por assim dizer, no redemoinho da vida. Somente então apreender-se-á o sentido da vida, compreender-se-á para que se vive. A vida é algo que, ao contrário de tudo criado pelo homem, não necessita de teoria, quem aprende a prática da vida também assimila sua teoria".
Wilhelm Reich. A Revolução Sexual. Rio de Janeiro, Zahar, 1974.
  • "Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. (...) Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que salva. Não estou me referindo a escrever para jornal. Mas escrever aquilo que eventualmente pode se transformar num conto ou num romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do qual é quase possível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação. Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva. Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada... Lembrando-me agora com saudade da dor de escrever livros."
Clarice Lispector. A Descoberta do Mundo.


Paz e corrida armamentista

A grande produção de armas nucleares, com seu incrível potencial destrutivo, criou uma situação ímpar na história da humanidade: pela primeira vez, os homens têm nas mãos o poder de extinguir totalmente a sua própria raça da face do planeta.

A capacidade de destruição das novas armas é tão grande que, se fossem usadas num conflito mundial, as conseqüências de apenas algumas explosões seriam tão extensas que haveria forte possibilidade de se chegar ao aniquilamento total da espécie humana. Não haveria como sobreviver a um conflito dessa natureza, pois todas as regiões seriam rapidamente atingidas pelos efeitos mortíferos das explosões.

Só resta, pois, ao homem uma saída: mudar essas situações desistindo da corrida armamentista e desviando para fins pacíficos os imensos recursos econômicos envolvidos nessa empreitada suicida. Ou os homens aprendem a conviver em paz, em escala mundial, ou simplesmente não haverá mais convivência de espécie alguma, daqui a algum tempo.